quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Cause we all just wanna be big rockstars

Suponho logo de início que você, como um bom ser humano e mero mortal, já deve ter se imaginado fazendo um videoclipe. Dançou na frente do espelho ouvindo aquele hit que não sai da cabeça. Tentou encontrar semelhanças físicas com Britney Spears ou Ricky Martin (e talvez tenha se arrependido muito disso ultimamente).
Devo dizer que existem coisas que são naturalmente inspiradoras, nem há necessidade de esforço. Beijar na chuva ou aquele vento que faz os cabelos voarem na janela do carro são um toque essencial para nos sentirmos astros do rock, pop ou seja lá qual for a sua preferência do momento.
Particularmente, tenho 2 cenas em mente que certamente fariam parte do meu clipe. A primeira delas seria a cena de abertura. Uma imagem de um espelho embaçado. A música começa, a voz também. Então, no ritmo da canção, uma mão escorrega pelo espelho formando uma linha sinuosa e deixando à mostra apenas as partes não-censuradas do corpo da suposta cantora. Os seios, região pélvica e nariz ou testa ficariam cobertos pela fumaça. Ah, importante dizer que o "descobrimento" começaria de cima para baixo. OK. Cena encerrada, ou melhor, inacabada.
O cenário da segunda cena seriam montanhas de algodão-doce (essencial que seja colorido). A cantora seria uma gigante e estaria deitada de barriga para cima num gramado uniformemente verde. Uma nuvem branca e fofa estaria parada no céu até que a cantora a soprasse causando movimento e abrindo espaço no céu. Só isso. Pessoas dançando sincronizadamente, guarda-chuvas e quem sabe claquetes também seriam bem-vindos.
A grande sacada do clipe é poder fazer coisas sem sentido sem medo de ser feliz e mal-interpretado. Lady Gaga que o diga. Tudo isso me parece um grande concurso pelo posto do maior criativo nada a ver.
Duvido muito que você, raro leitor, não tenha passado por essa experiência de montar mentalmente seu clipe. Porém, se não o fez, eu tri-recomendo (como dizem os sulistas). É lógico que não é um processo rápido. Exige muita inspiração. Um conselho: comece com fones nos ouvidos, uma boa música, dublagem e transporte público. Cenários repletos de pessoas são os que fazem mais sucesso. Comece dublando músicas e "regravando" o clipe alheio.
Para finalizar, recomendo alguns clipes cujos links virão a seguir:
Oren Lavie - Her Morning Elegance (a ideia que virou comercial da Pernambucanas):http://www.youtube.com/watch?v=2_HXUhShhmY

Grata pela atenção.



sábado, 7 de agosto de 2010

Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior

Gosto de passar meu tempo pensando em novas invenções. Mas mais divertido do que isso é ouvir as idéias mirabolantes alheias. Amigos já sugeriram engenhocas muito úteis como o microondas reverso, que deixa sua cerveja geladíssima em poucos segundos (créditos ao queridão Breno). Cada um com sua necessidade né?

Fico frustrada quando sou exposta a feitos daquelas considerados gênios. Sempre me deparo com a ruim e velha questão da oportunidade. Penso numa roda, por exemplo. Por Deus! Uma coisa tão óbvia! Eu, assim como muitos, considero (quase) todo ser humano (e por que não um macaco?) capaz de inventá-la.

É frustrante não ter tido essa oportunidade! Ou será que fui eu que em outra vida dei cor ao teto da Capela Sistina? Talvez Carla Perez poderia ter descoberto que a Terra não é quadrada (mas escola é com E mesmo!)

Eu, na minha humilde existência, também tive a minha idéia. Bobinha e infactível, mas muito útil se viável. Pensei num sistema de correio a vácuo. As cidades teriam um complexo encanamentístico que passaria por todas as casas, prédios e afins. As pessoas simplesmente teriam de abrir uma portinha, colocar o objeto desejado, fechar a portinha e apertar um botão vermelho (é muito importante que ele seja vermelho). Aí então, o destinatário ouviria sua “caixa de correio” tocar, iria até ela e ao abrir a portinhola descobriria sua correspondência. Devido ao sistema a vácuo, tudo isso o correria em questão de segundos. Objetos diversos poderiam ser enviados.

O grande problema é que sempre aparece um Jerico que, ao querer revolucionar, tentaria usar a máquina para fins não muito apropriados. Dessa maneira, tomaríamos conhecimento de casos de crianças ou mesmo frutos de um esquartejamento abandonados na tubulação. Mas nem tudo é do jeito que a gente quer, não é?

Grata pela atenção.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Gostaram? Se não gostaram, não tem importância, porque na próxima semana vai ser a mesma coisa." por Maysa

Hoje mesmo fui questionada por uma amiga (Obrigada pela inspiração, Bia!): você adora figuras públicas polêmicas e controversas, não? A pauta da conversa era ninguém mais ninguém menos do que Miss Monroe. Estou lendo o livro Marilyn (a Monroe) e JFK (o Kennedy) que conta todos os podres dos dois famosões e da relação que mantinham (in)discretamente. Sempre me surpreendo pela maneira como as biografias de pessoas dissimuladas me fazem feliz.
Bom, mas o que quero dizer e ainda não disse é que ao me deparar com tal questionamento, logo pensei: Mas quem é que não as adora? Os grandes sucessos são verdadeiras catástrofes.
Estou confusa quanto ao tema desse post. Essa introdução deveria servir para direcionar o assunto do post a quem muito admiro: Maysa Matarazzo, ou melhor, Monjardim. Mas acredito que desta maneira, não o fiz bem.
Pelo que posso concluir de minha leitura, Marilyn era bem fútil e maluca. Não dava a mínima pra ninguém, mas dava o resto para todos os homens, além de ser citada como sujinha que não tomava banho e não usava tampões higiênicos (vulgo OB). Assim, fiquei muito curiosa a ponto de querer ler outras obras que talvez me façam ver algumas qualidades da musa sedutora de presidentes inauguradora da sensualidade.
Quando falo da Maysa, você logo deve deduzir: "Ah, ela virou fã só por causa da minissérie!". E eu te digo: "Exatamente!" E ainda mais: é a imagem da atriz Larissa Maciel que me vem à cabeça quando ouço O barquinho e não da verdadeira!
Porém, o que me encantou parece ser comum à personagem e à ex-Matarazzo: a arrogante dissimulação. Não acho que seja uma pessoa admirável, afinal era bem malvadinha com quem lhe fazia bem. O que me intriga é como conseguia cativar tanta gente sendo tão arrogante.
Para mim, a minissérie que já vi e revi chega a ser uma comédia. Me divirto pra valer com as frases célebres como: "Vocês vão ou não vão fazer silêncio?". De tempos em tempos, no meio de tanta porcaria dita, saía alguma poesia: "Eu sempre estou indo e vindo, mais indo do que vindo, mas nunca no mesmo lugar." Gordinha ou não, ela fazia sucesso! E pelo jeito era isso que importava.
Na época da exibição da minissérie, incorporei o espírito da coisa e minha mãe chegou até a me apelidar de Maysinha (sim, sou bem influenciável pela mídia). Digo isso pra provar uma frase dita por ela mesma (Maysa, não minha mãe!) e que afirma a minha conclusão de que é dos podres que a gente gosta mais. Com vocês, Maysa: "A desgraça é muito atraente. A desgraça dos outros, é claro!"
Grata pela atenção.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amar é preciso. Dizer não é preciso.

Esse de certo é um assunto por muitos já conhecido. Confesso desde já que minha intenção não é inovar ou expor um argumento novo. Comunidades de um tal site de relacionamento (vulgo Orkut) como "Te amo não é bom dia" já provaram que o excesso de demonstração de amor irrita muitos. O amor é bonito e necessário. Só não consigo entender o porquê de tantas declarações.
Vejo hoje milhares de pessoas gastando seu amor por aí. Com a internet e a modinha das redes sociais (ninguém resiste ao termo!), a situação ficou ainda mais grave. Ninguém pode postar uma foto sem que receba um comentário do tipo "Te amo, monstrinho da minha vida". Antigamente, esse apelidos banais era restritos a casais de namorados. Agora todo grupo de amigos, mesmo que pouco íntimos, se apodera de todos as palavras fofinhas e irônicas do mundo para nomear os outros.
Desculpem- me se pareço revoltada. Gosto de declarações. Afinal, elas são essenciais e nos fazem sentir bem. Mas outro dia, a irmãzinha de uma amiga me deixou um depoimento no Orkut dizendo que me amava. Eu, para não ser arrogante, aceitei e fiquei a refletir: será que ela realmente me ama a ponto de declarar a "toda sociedade" ou foi só um momento de empolgação?
Acredito que meus melhores amigos são aqueles a quem menos fiz declarações. Jamais precisamos dizer uns aos outros o quão especiais somos para ter certeza do sentimento. Me parece que essas coisas são mais intensas quando não ditas. Quando ditas, sinto que deve-se fazê-lo com magnificência, apesar do exagero de adjetivos, como fez Guimarães Rosa ao declarar-se à sua amada:
"Antes e depois, beijar longamente a tua boquinha. Essa tua boca sensual e perversamente bonita, expressiva, quente, sabida, sabidíssima, suavíssima, ousada, ávida, requintada, "rafinierte", gulosa, pecadora, especialista, perfumada, gostosa, tão gostosa como você toda inteira, meu anjo de Aracy bonita, muito minha, dona do meu coração." ou ainda "Seriam duas alegrias enormes a chegada de Ara (Aracy, a amada) e a chegada de Sagarana ( a obra mesmo). Mas, em caso de perigo, joga fora o Sagarana e venha só a Ara, que é trezentas bilhões de vezes mais importante para mim."
Para finalizar e fazer deste um post de citações para mim gloriosas , sinto-me livre para dividir com vocês as sábias palavras de Padre Antônio Vieira no Sermão do Mandato que achei em algum lugar por aí:
"As causas excessivamente intensas produzem efeitos contrários. A dor faz gritas, mas se é excessiva, faz emudecer; a luz faz ver, mas se é excessiva, cega; a alegria alenta e vivifica, mas se é excessiva, mata. Assim, o amor, naturalmente une, mas se é excessivo, divide."
Grata pela atenção.

terça-feira, 8 de junho de 2010

And the rattlesnake said "I wish I had hands so I could hug you like a man"

Dificilmente conseguirei expressar a minha auto decepção quando por muito tempo deixo de aqui escrever. Finalmente, meu dia está repleto de atividades e assim, me sinto útil e adulta. Por isso, tenho de me privar de alguns prazeres da vida como o de bloggar.
Acredito que todos que me leem conhecem histórias nas quais personagens que se deparam com lâmpadas (que mais me parecem bules dourados - referência: Alladin) mágicas sujas têm a brilhante ideia de esfregá-las até que um gênio bizarro e disposto a realizar três pedidos saia pelo minúsculo buraco. Também ouso opinar que a maioria de vocês já parou para pensar nos pedidos que fariam se tivessem tamanha sorte. Bom, ao menos, devo confessar que eu, como pobre mortal, penso constantemente nisso.
O que me motiva a escrever sobre esse assunto é meu questionamento fruto de algumas anedotas que já ouvi na vida e que não me lembrarei tão bem a ponto de aqui contá-las. Posso apenas garantir que o humor estava contido no fato do pedinte se equivocar ao contar três pedidos e acabar "gastando" os três no que pensava ser só um pedido (Nossa, como ficou confuso!)
Minha intenção ao pensar sempre nos pedidos é tentar aprimorá-los. Sinto que tenho de estudar meticulosamente cada palavra que falarei (?) ao gênio para que meu destino não seja trágico como o das personagens das piadas. Se a figura que sair da lâmpada for interpretar tudo ao pé da letra, tenho de estar preparada.
Ok. Já sei que você pensa que sou neurótica e sonhadora. Mas se eu fosse você, pensaria melhor e me prepararia também. Afinal, melhor prevenir do que remediar (é assim o ditado?) e o seguro morreu de velho. Minha inocente esperança é motivada também pelo fato do tal bule ser dourado. Pode não ter um gênio no seu interior, mas quem garante que não é de ouro? Quem garante que outras pessoas não acreditarão que é mágico? Como o próprio Nicolau disse maquiavelicamente: "Aquele que engana encontrará sempre quem se deixe enganar."
Sinto vontade de expor aqui meus desejos (vulgo pedidos ao gênio), mesmo não tendo ainda encontrado as palavras certas. Na verdade, já decidi um deles e o resto do meu pensamento consiste no que não pedir. Certamente, não pedirei vida eterna. Milhares de contos, filmes, enfim, histórias famosas já nos deram provas suficientes para estarmos convencidos de que viver para sempre cansa horrores. Outra coisa que não pediria seria felicidade no amor. Considero um pedido desperdiçado por achar que é muito fácil (e legal - em ambos sentidos da palavra) ser feliz no amor. Só não o é, quem muito se esforça.
Meu grande pedido é conhecido pelos que comigo convivem. Eu pediria nada mais nada menos do que um enorme calabouço (pense no do Tio Patinhas para ilustrar) repleto de balinhas de gelatina conhecidas também como Yummi, Gummibärchen ou Fini. Sou fanática por elas e tenho hábitos que se assimilam aos de um dependente químico. Tenho de me controlar para não devorá-las em um só dia e peço constantemente a amigos e familiares que me presenteem com as tais balinhas. Posso comê-las todos os dias a qualquer hora e jamais serei convencida pelos que dizem que tenho um vício estranho, pois as balas têm aparência de plástico, gosto de sabonete e textura de lóbulos (fator as torna tão especiais).
Tenho algumas exigências e é nesse momento que temo que o gênio confunda-as com os outros dois pedidos. Mesmo assim, tenho de expô-las por serem cruciais. As balinhas têm de ter validade eterna e proteção contra insetos comilões, pois de nada me adiantaria nadar numa piscina de balas apodrecidas. Além disso, não podem ser confundidas com as famosas jujubas que são cobertas por açúçar. Favor não confundir. As minhas balas são as peladinhas, sem açúcar: dentaduras, jacarés, orelhas do Mickey, hamburguinhos, minhocas, os famosos ursinhos e afins. Penso até em sugerir que façam orelhas. Seriam deliciosas, não?
Bom, na falta de um gênio, a boba aqui aceita presentes.
Grata pela atenção.

domingo, 16 de maio de 2010

Os meus amigos morreram de overdose. E os meus inimigos estão no poder.

Nada inovador é o tema que hoje aqui abordarei. Venho falar sobre a velha e boa amizade e posso dizer que me sinto particularmente afortunada por ter amizades como as que tenho. Sei que meus amigos são pessoas especiais, mas, mais do que isso, tenho de agradecer pela nossa relação. Eles são amigos de muitas pessoas e eu mesma tenho outros amigos. Porém, carinho como o qual eu sinto por alguns em especial é um grande presente. Vejo que algumas pessoas têm milhares de amigos e sentem intensidade na relação. Eu acredito que tudo que é muito intenso enormes chances de ser passageiro tem.
Gosto de dizer que os melhores amigos são sempre os homens e isso é fato. Tenho amigas maravilhosas e sinto por elas o mesmo que sinto pelos amigos. Mas pude notar que atualmente tenho facilidade em fazer amizade com homens e o motivo seja talvez desconhecido. Os amigOs me parecem mais sinceros e podem nos acrescentar muito conhecimento quando o assunto é paquera, azaração e relacionamentos amorosos em geral.
Não sou adepta do pensamento de que amizade entre homem e mulher sempre acaba em beijos e abraços. Posso não ser a pessoa mais indicada para falar, pois minha melhor amizade com um homem resultou em namoro. Entretanto, creio que amizades que geram frutos como esse são diferentes desde o início. O que me deixa muito grata e me faz perceber a sinceridade da amizade é a maneira como meus amigos me tratam. Eles agem como se eu fosse só mais um menino, sem tensões e censuras.
Entre meus amigos e amigas, me sinto extremamente a vontade. Temos uma intimidade natural que se desenvolveu durante os anos de relacionamento e confissões. E isso é facilmente percebido pelo consequente contato físico constante. Alguns vindos de fora estranham e mal interpretam as mãos nos cabelos e as mordidas nos dedões. Não posso deixar de citar também os deliciosos momentos comuns a todo grupo de amigos em que acontecimentos antigos são lembrados e milhares de sensações boas passam pela cabeça de cada um.
Muitas vezes fico pensando no futuro. Quando formos adultos casados e workaholics, ainda sentiremos aquela sensação gostosa quando todos cantam aquela nossa música? Esposas e maridos provavelmente serão fatores influentes e ficaremos inibidos de declarar nossos sentimentos por aquelas pessoas tão ex-íntimas. Além disso, seremos (ou não) pessoas sérias que desejarão passar uma imagem de trabalhadores e ricos. Para isso, nossos assuntos terão de ser chatos e a maneira como nos tratamos formal.
Li uma vez no perfil de alguém num site de relacionamento (vulgo Orkut) o seguinte texto e fiquei me questionando se é assim que toda amizade acaba. Será que elas podem ser sinceras para sempre? Adaptações são realmente necessárias?
"Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos. Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, (quero aqui acrescentar os momentos em que não tínhamos nada para fazer e mesmo assim estávamos juntos), enfim, do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre. Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve. cada um vai para o seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida. Talvez continuaremos a nos encontrar quem sabe nos emails trocados. Podemos nos telefonar, conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar, os meses e anos também. E esse contato se tornará cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo. Aí um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e nos perguntarão quem são aquelas pessoas. Diremos que eram nossos amigos. E isso vai doer tanto."
Grata pela atenção.

domingo, 9 de maio de 2010

Por que bonita se coxa, por que coxa se bonita?

Sinto que durante meus últimos posts, tenho mostrado meu lado obscuro e mal humorado. Na tentativa de ser polêmica, acabo expondo-me como alguém ranheta e impertinente. Porém, acredito que hoje ganharei muitos adeptos à minha teoria.
A idade e a consequente sensibilidade crítica fazem com que certas coisas não mais passem despercebidas sob meu olhar. O que vem me incomodando ultimamente é o desleixo de algumas mulheres quanto à aparência. Minhas amigas sabem como posso ser chata e insistente quando deixam de valorizar o cabelo e optam pelo famoso rabo-de-cavalo mal feito. Mas a maioria delas é jovem e bonita, portanto, perdoada.
O que de fato me traz indignação são aquelas que, em qualquer ocasião e a qualquer hora do dia, estão mal arrumadas. Aquelas que transmitem a sensação de "oi, acordei, levantei e estou aqui". As pessoas não têm culpa de serem desprovidas de beleza, mas cuidado com a aparência é o que todo homem (e mulher) espera de uma mulher. A falta da beleza pode perfeitamente ser corrigida com alguns toques especiais.
Não aceito desculpas como: "Já sou casada e bem amada, não mais preciso me preocupar com a aparência!" ou "Sou feia mesmo, não há nada que me ajude."
Amiga, ainda há esperanças! Quantas vezes vocês não ouviram falar: "A fulana é feinha, mas muito elegante." Como experiência própria, posso dizer que, após muitos conselhos de um amigo (Créditos ao Marcellinho), decidi me cuidar e assim me tornei mais feliz (depoimento como aqueles de revistas baratas).
Não digo, porém, que todas devam se vestir e emperequetar do mesmo modo que faço. Os que me conhecem sabem que tenho algumas obsessões como não vestir havaianas (vulgo sandálias de tiras) para ir à faculdade. Há também quem diga que acho tudo brega.
Apenas acredito que toda mulher pode ter sua beleza (mesmo que interior) valorizada. Cuidado com cabelos e roupas que lhe caem bem fazem sim toda a diferença. Por que esquecer daquilo que pode lhe render um elogio e uma ajudinha à auto-estima? Quem não quer se sentir como a suposta Alice Ayres na última cena do filme Closer?
Quero vê-las felizes e não mais me aborrecer com tamanho desleixo.
Vamos, mulheres, trazer a revolução a todas!
Grata pela atenção.

sábado, 1 de maio de 2010

It's been a hard day's night and I've been working like a dog

Muito satisfeita com a leve polêmica gerada pelo último post, venho aqui hoje expor algo que de certo não agradará a maioria dos leitores. Muitos tentam me convencer de que a opinião que hoje relatarei é fruto de uma experiência de vida traumática. Apesar de concordar um pouco, ainda prefiro manter-me fria e insensível quando o assunto é cachorro.
Como devem ter imaginado, eu nunca tive um. Apesar da insistência comum a todas as crianças (Pai, me dá um cachorro?), minha relação com animais de estimação se limitou aos cachorrinhos de colegas, passarinhos fujões, pintinhos prendas de festas juninas embalados em pardos sacos de pão e peixes que não duravam mais de uma semana (mesmo com todo aquele esforço de soprar constantemente o canudinho no aquário). Devo aqui agradecer especialmente a amigas que puderam me proporcionar o convívio mais íntimo com os animais e que assim, ajudaram-me no processo de perder o medo de criaturas tão estranhas. Não posso deixar que meus leitores se confundam e pensem que meu desapego a animais é causado pelo medo que sinto. Essa fase já passou. Hoje predomina a indiferença.
Certamente, me chamarão de insensível. Quem sabe? Porém, é importante deixar claro que não sou a favor de maltratos, uma vez que cachorros e afins são seres vivos e podem ser meigos e cativantes, principalmente na casa dos outros (não na minha).
Não espero aqui convencer ninguém hoje. Mas tenho esperanças de que concordem pelo menos com algum dos pontos que irei citar. Para mim, existem muito mais prejuízos do que benefícios relacionados a "aquisição" de um melhor amigo canino.
Penso que o dinheiro gasto com pet shops, rações, biscoitinhos, hotéis para cachorros(???) e mimos em geral poderia muito bem ser usado para bancar aquela despesa com professores particulares para os filhos, comprar um carro com ar-condicionado, carregar o bilhete-único ou mesmo para comprar aquele lindo par de sapatos pelo qual você se apaixonou. Há também toda a dor de cabeça gerada pelos cocôs que mancham tapetes, visitas com aversão aos animais, portões anti-fuga canina e pelo cheiro ruim que deixam apesar de banhos semanais ou diários. Além disso, cadelas no cio sujam a casa e cachorros tarados causam enormes constrangimentos.
Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. No entanto, acredito eu que você, leitor e dono de um cachorro, quando questionado nunca deixa de responder que seu melhor amigo é o Fulano para dizer que é seu animalzinho de estimação. Não me importo mais com direitos dos cachorros do que com direitos das pessoas. Ver crianças na rua me comove muito mais do que saber que um cãozinho foi abandonado pelos seus donos. Isso tudo porque pessoas são bilhões de vezes mais interessantes do que cachorros.
Grata pela atenção.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não acredito que errado é aquele que fala correto e não vive o que diz

Muito arrependida do descaso da últimas semanas, retomo hoje o relato de minhas indignações e questionamentos. Toda essa ausência foi causada pela tão aclamada falta de tempo livre para fazer as coisas que mais me agradam, como aqui escrever. Não quero ser irônica. Num dia como hoje, em que tudo voltou ao normal, posso perceber como é boa a sensação de ter milhares de responsabilidades e prazos a cumprir. Me sinto útil e adulta. Porém, não mais me estenderei nesse assunto, pois não é o que pretendo expor neste momento (quem sabe mais tarde!).
Quem bem me conhece, tem consciência da minha (quase) obsessão pela forma culta da gramática. Antes de tudo, considero importante frisar o fato de que seria muita ambição de minha parte declarar que, como redatora dos textos que aqui se encontram, jamais pequei. Sei que são constantes as ocasiões em que machuco a Língua (principalmente quando tento arranjar as vírgulas, repare!), mas meu intuito é jamais assassiná-la. Apesar do enorme mal-estar que toma conta de meu corpo, aceito, com alguma relutância e teimosia, reclamações e correções, porque, afinal, errar é humano. (Note o excesso de vírgulas!)
Minha história é, ao meu ver, trágica. Durante anos de colégio, me fizeram acreditar que falhar no momento da escrita era o oitavo dos pecados capitais. Então, quando comecei a cursar o tão almejado curso na área de COMUNICAÇÃO, uma grande decepção acompanhou minha conquista. Por mais de uma vez, professores tentaram me convencer de que o importante não é a forma e sim, o conteúdo. Em outras palavras, escrevam do jeito que bem entenderem desde que alguém o entenda! (Para bom entendedor, meia palavra basta?) Fiquei chocada! Como poderia desprezar anos e anos de estudo da gramática?
Tenho que assumir, e sei que faço isso em nome de muitos, meu preconceito lingüistico. Julgo frequentemente as pessoas pela maneira como falam. Um simples "asterístico" já me deixa bem desconfiada. Um "menas" me deprime. Um "pra mim fazer", então, pode abalar uma amizade de anos (tá, exagerei!). Caros (?) mestres e professores, acredito que se há um conjunto de regras e a ele temos contato, estamos sujeitos e quase obrigados a seguí-lo. Sem mais.
É claro que nem todos têm a oportunidade do contato e essas pessoas sim têm o direito ao meu perdão (Quanta ambição!). Não digo que não as julgarei, mas acho que posso entendê-las. E não venha você me dizer que não classifica intelectualmente as pessoas pelo nível de sua fala. Por mim, letrados e principalmente, professores de cursos superiores não podem, em hipotése alguma, cometer erros famosos como "adevogado".
Há também aqueles (grandes pecadores) que utilizam como justificativa para seus erros gramaticais na escrita a pressa. Sim, ela é inimiga da perfeição. Mas acredito que uma vez que se sabe escrever da maneira correta, a velocidade do ato não muito importará. Deixe de ser cara-de-pau e assuma que não sabe como escrever ASSUMIR. Aquele "açuma" que apareceu no seu recado do Orkut (vulgo Site de relacionamento) não é culpa da pressa!
Sei que pareci rude e chata. Chata, eu sou. Rude, depende do dia. É interessantíssima a variedade de formas de falar e escrever que temos na nossa cultura (não gosto de escrever cultura ou sociedade, me fazem lembrar redações nacionalistas do primário). Mas gosto da sensação de massagem que um bom português causa aos ouvidos.
Agradecimentos especiais ao meu irmão que me ensinou a falar "pra eu fazer", aos meus amigos que aderiram à causa, ao dicionário, às professoras do colégio e ao meu Paixão, porque sim, prefiro os namorados pai-dos-burros ambulantes senhores das notas de roda-pé que escrevem melhor do que eu.
Grata pela atenção.

sábado, 3 de abril de 2010

Consideramos justa toda forma de amor.

O título desse post já diz tudo. Quero mostrar-lhes que acho justa e válida toda e qualquer forma de amor. Peço, antes de mais nada, que não confundam forma com demonstração. Tapas e beijos, mordidas e abraços são demonstrações de amor. E toda demonstração do tipo é também válida. Porém, pelo fato disso ser mais do que óbvio, não é o que pretendo aqui expor.
É importante deixar claro que não pretendo aqui defender atos promíscuos ou mesmo a poligamia que nossa sociedade tanto estranha. Espero que, acima de tudo e assim como eu, percebam que talvez o mais importante seja o amor. Ele não me parece ter limites. E acredito que seja muito comum querer amar sem mesmo perceber. Em breve, me explicarei melhor.
Imagine jovens numa balada. Eles saem com a intenção de beijar mais de um garoto ou garota e é isso que acaba acontecendo. Pensa-se normalmente que não houve amor nesses acontecimentos. Mas acredito que em qualquer tentativa de se relacionar com uma outra pessoa, o amor está presente. O beijo ou o abraço por mais insensíveis que possam ser ainda são de longe as mais conhecidas demonstrações de amor e afeto. Para mim, é bonita a maneira como alguém pode amar uma pessoa e na mesma noite, amar outra sem nenhuma chance para o sofrimento. Oferecer uma pequena quantia de todo seu amor para cada pessoa é, no mínimo, um gesto nobre.
De forma alguma, me refiro somente a um dos sexos. Creio que homens e mulheres têm o mesmo direito e dever de distribuir seu amor da maneira que bem entender. Muito me irritam mulheres que vivem reclamando dos homens. Dizendo que são todos iguais ou que não prestam. São só frustradas que não souberam aproveitar o amor que eles têm a nos dar, mesmo que em pequenas porções. Minha teoria sobre a distribuição do amor é válida tanto pra eles como pra elas. Ame quem você quiser e como você quiser. Certamente, isso só te trará benefícios.
As pessoas estão cada dia mais amorosas e sem medo de demonstrar o que sentem. Pense que há anos atrás cumprimentar alguém com beijinhos no rosto era um absurdo. Será que daqui a um tempo, acharemos normal saudações como beijos na boca? Isso me intriga e me preocupa.
Aí você deve estar se perguntando se eu defendo atos como a traição? Primeiramente, gostaria de não me referir a envolvimentos fora do acordo entre casais como traições. Você traí um amigo, um parceiro, um marido ou esposa, talvez. Mas não se traí o namorado uma vez que nenhum papel foi assinado dizendo que vocês têm compromissos diante da lei. Traição é uma palavra muito forte e que não convém a tal caso.
Acredito que quando se namora alguém, assume-se um compromisso informal pelo simples fato da ocorrência do amor com a esperança de que seu amado não se relacione com outra pessoa da mesma maneira que se relaciona com você. Não há nada além da consideração decorrente do amor que impeça-o de relacionar-se com outra pessoa. Mas isso poderia causar dor e a dor certamente não combina com o amor. Caramba, que confusão! Eu simplesmente quis dizer que não é uma forma de amor agir de maneira que não agrade alguém que você se propôs a amar. Se não pode, não se proponha.
Não poderei deixar de citar o filme Vicky Cristina Barcelona que narra a história de um homem que ama e convive com duas mulheres ao mesmo tempo. A relação é tão bonita e o amor é tão grande e contagiante que elas acabam se relacionando também e os três experienciam algo bem incomum. Vale a pena conferir. Fica a dica.
Grata pela atenção.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Meu filho não vai ter nome de santo. Quero nome mais bonito.

Venho por meio desse post descrever minha estranha reação diante do comportamento de crianças. Não falo de um criança específica. Tenho de confessar que realmente não sei como agir na presença desses seres pequenos, intrigantes e muitas vezes, assustadores.
Importante frisar que elas geralmente me agradam. Gosto de crianças. Dos outros, é claro! Mas tenho convicção de que um dia poderei amá-las. O motivo do meu desconforto não é o modo como me irrito quando elas gritam e esperneiam. Para mim, esse acessório já está incluso no pacote Criança e não me surpreende.
O que realmente me incomoda é o fato de não saber o que se passa por aquelas cabecinhas. Não que eu saiba o que se passa por cabeças adultas. Mas crianças são imprevisíveis e misteriosas. Eu não me sinto capaz de diferenciar a mente de uma criança de 3 anos e a de uma de 11 anos (com 11, ainda são crianças hoje em dia? No meu tempo, éramos.) O que elas aprendem na escola? Elas gostam de Teletubbies ou sabem que é pura babaquice? É pura babaquice? O quanto sabem sobre sexo?
Uma vez, ouvi uma menina de apenas 4 anos explicando para um adulto que o Chaplin é aquele que fez Tempos Modernos. Meu Deus! O que andam ensinando nas escolas? E os livros? Ainda tem singelos desenhos de montanhas? As crianças vão dominar o mundo?
Talvez se eu tivesse um irmão mais novo ou um priminho mais próximo, as coisas ficariam um pouco mais claras. Uma vez que isso não é um fato, fico aqui cheia de dúvidas na cabeça. Me deixa um pouco preocupada pensar em como proceder quando eu for mãe. Mas ainda há tempo. Se eu tiver uma filha menina, quero que se chame Malícia. Alícia é bonito, mas fica muito no ínicio do alfabeto. A coitadinha iria sofrer! Malícia, só por esse motivo. Tudo bem. Foco. Falar disso não tem nada a ver.
Tenho para mim que existem pouquíssimas crianças desinteressantes nesse mundo. Elas podem crescer e virar pessoas sem graça. Porém, enquanto crianças, são bem divertidas e soltam pérolas constantemente. Engraçada é a forma como os adultos contam as pérolas de suas crianças. Parecem sentir muito orgulho por isso e sinto que tentam a todo momento mostrar aos outros como seu filho ou sobrinho é unicamente espertinho e especial. Doce ilusão!
Não pretendo aqui implorar por sugestões ou truques de como encantar os baixinhos. Não tenho vocação para Xuxa. Continuarei na tentativa de agradar pelo menos os donos de tais criaturinhas quando presentes, fazendo de tudo ou nada para que os pequenos não comecem a berrar. Porque não há nada mais constrangedor que ficar sob o olhar de pais que pensam que talvez você tenha dado um leve tapinha na bunda do lindo bebê para evitar que ele abrisse o berreiro!
Grata pela atenção. Insatisfeita com o post-desabafo.

Um apelo: Mães, não deixem suas crianças lamberem os canos ou corrimão (não sei como aquilo chama) dos trens do Metrô! Isso me deprime horrores!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Que santo vai brigar por você?

Ontem, domingo, como há muito tempo não fazia acompanhei minha mãe à missa. Costumava frequentá-las quando criança, pois me agradavam. Hoje ainda me agradam, porém a preguiça e o sono que normalmente tomam conta do meu corpo nas manhãs dominicais, a desconfiança da Igreja Católica que acumulei com o tempo e convivência com pessoas descrentes, a perda da inocência dos meus 10 anos e a vastidão de dúvidas que preenchem minha mente fizeram com que essas visitas ficassem bem menos frequentes.
Sinto que pude no dia de ontem perceber como deve ser difícil o ofício dos padres (dos sinceros, se é que me entendem). Tive a sensação de que aquele padre, talvez por ser bem jovem, tinha plena consciência da situação decadente em que se encontra a instituição. E por esse motivo, ele tentou por diversas vezes "se desculpar" por algo que estava escrito nos papéis, como, por exemplo, o fato de só a mulher do casal adúltero ter sido condenada ao apedrejamento.
Penso que não é fácil tentar convencer pessoas constantemente expostas a ideias completamente opostas as da Igreja. Você pode até me contrariar dizendo: 'Ah, mas as pessoas que vão à missa, acreditam em tudo o que lá é dito.' E eu te diria que a começar por mim, isso não é nem de longe a verdade. Ontem pude perceber o quão dispersos os frequentadores (ou não) da missa ficam durante o sermão do padre (que me parece ser a parte mais importante e polêmica). Crianças caminhando pelo salão parecem ter sido ali colocadas estrategicamente para testar a atenção dos mais velhos.
Lembrei, então, dos meus professores da faculdade. Sei que para meus colegas (e por que não para mim?), não há nada mais entediante do que uma aula expositiva. É impressionante como é difícil nos manter em silêncio e concentrados. Sinto que deve ser extremamente frustante para um professor tamanha demonstração de desinteresse dos alunos. Eles têm de ser pacientes e assim como os padres, têm um público descrente (por mais que disfarcem) e com enorme facilidade de dispersão.
Não sei direito como terminar esse post. Quero dizer que, apesar de desacreditar em grande parte do que disse, admiro o trabalho daquele padre e sinto que pelo menos um pouco de conhecimento de história me foi acrescentado. Ver o quão eloquente uma pessoa quer ser é bem interessante inspirador, seja ela um padre, um pastor, um professor ou um político (quantos Ps!). Bizarrices a parte, fico me perguntando como seria se o conteúdo das missas fosse exposto em apresentações de Power Point?
Grata pela atenção.

terça-feira, 16 de março de 2010

It's so magical. She seems so fantastical.

Sinto ter ficado ausente desse blog por tanto tempo. Não direi que me faltaram oportunidades para aqui escrever, mas confesso estar receosa com a reação de meus leitores. Não mais faço posts como antigamente. Tenho a sensação de que meus assuntos deixaram de ser agradáveis e instigantes como tanto desejo. Sem mais lamentações, não posso garantir a você, leitor, que essa será uma postagem excelente, muito menos inspiradora.
O tema que pretendo expor hoje é, diferentemente do (meu) usual, contemporâneo. Sei que falar mal da vida alheia é muito mais interessante do que elogiá-la. Porém, devo declarar a minha grande admiração pela mais nova aparição midiática, Lady Gaga.
Sim, tenho conhecimento dos boatos (e vídeos) que questionam a sexualidade da cantora, assim como já tive a oportunidade de admirar a foto na qual a inocente fã abraça sua musa inspiradora que exibe um estranho tipo de maquiagem no nariz (pó de arroz?). Ainda assim, aposto várias (todas não, seria muita inocência) fichas no trabalho da moça. Afinal, pó de arroz me parece algo bem comum no mundo da música e ninguém nunca me garantiu que a Cher não tem um órgão sexual masculino debaixo de toda aquela parafernália (com todo o respeito, Josh!)
A Lady Gaga (queria saber seu nome real, será Gabriela?) pode ser a nova Madonna? Realmente não sei. Apesar de ter noção do sucesso que a musa de Jesus faz até hoje, prefiro não opinar por não me sentir no direito, uma vez que eu não possuía o mínimo senso crítico musical na época em que a loira estorou nas paradas (pela primeira vez).
Tenho algumas dúvidas e acredito que elas sejam pertinentes.
1- Seria Gaga gaga?
Por que razão ela insiste em cantar papa-paparazzi, p-p-p-poker face, like to p-p-p-party e so s-s-s-sorry? Sem falar dos exercícios passados pela fono que ela esqueceu de tirar do papel enquanto escrevia 'Bad Romance'. Note: 'Rah-rah-ah-ah-ah! Roma-Roma-ma! Ga-ga-ooh-la-la!'
2- Seria Gaga careca?
Como alguém pode conseguir ter tantos cortes e cores de cabelo num espaço tão curto de tempo? A solução óbvia seria perucas. Mas tenho para mim que o calor que elas devem proporcionar ao couro cabeludo faz com que nenhum fio de cabelo sobreviva. Talvez seja uma hipótese bem ignorante, mas assuma que é bem divertido imaginá-la careca.
3- Me questiono também sobre o dinheiro que paga todos os excêntricos modelitos da cantora. Porém, discutir isso não vem ao caso. Dinheiro e pó nunca devem lhe faltar.
Suas músicas me contagiam pelo fato de serem agitadas e proporcionaram momentos de empolgação. Sei que algumas letras não fazem o menor sentido, mas expressões como 'vertical stick' e 'pants tighter than plastic' sempre me encantam.
Além disso tudo, não posso deixar de citar que a moça parece aos meus olhos realmente feia. Agradeço ao excesso de maquiagem, às perucas e roupas que muitas vezes escondem seu rosto e à belíssima voz que acredito ser dela.
Se te interessa, dê uma ouvida nesse som: http://www.youtube.com/watch?v=WoNdr0AbttI
Foi a partir dele e da indicação de meu querido irmão Guilherme que fui introduzida ao mundo Gaga.
Grata pela atenção.

terça-feira, 9 de março de 2010

Se o azul do céu escurecer e a alegria na terra fenecer...

Tenho falado de temas demasiadamente alegres. Não que eu seja sombria e taciturna, mas o assunto morte me veio à cabeça. Apesar disso, acredito que minha ideia seja levemente otimista, considerando a tragédia que é a morte (para a maioria dos que me lêem, é claro). Não digo, porém, que é inédito meu raciocínio. Muitos já devem ter pensado nessa hipótese e devem até tê-la exposto por aí. Por pura falta de vontade (vulgo preguiça) e de curiosidade (vulgo descaso?), não busquei informações que confirmem o carácter não-inédito de minha ideia. E talvez por esse motivo, ainda me resta vontade de compartilhá-la com vocês.
Sem mais extensões, tenho de me explicar diante de assunto tão polêmico. Como muitos, temo a morte e o que vem depois dela. Por essa razão, gosto de refletir e imaginar hipóteses que me agradam. Penso que talvez o seguinte aconteça: Você morre. E não sente. Continua vivendo normalmente, mas em uma outra realidade ou universo (não consigo me decidir a respeito dessa palavra). Na realidade antiga, você está morto e enterrado. As pessoas choram e lamentam sua morte (ou não) como acontece normalmente. Porém, você nem percebe isso e na sua nova realidade, nada aconteceu. As mesmas pessoas da realidade antiga existem na sua nova realidade, mas também ignoram o fato de você já ter morrido pelo simples fato de não saberem e de você ainda não ter morrido nessa nova realidade (ficou bem confuso, não é?).
Imagino, então, que posso ter vivido milhares de realidades. E nem percebei que morri! Quando enfrento uma situação de risco, como um quase atropelamento, por exemplo, e à cabeça me vem as palavras "Essa foi por pouco!", penso que posso ter morrido e "passado de fase", ou seja, mudado de realidade. Algo semelhante ao que talvez aconteça com os gatos e suas sete vidas.
Não me decidi ainda sobre o que acontece com os bem velhos. Porém, acredito que essa história de passar de fases chegue um dia a um Game Over e depois disso, não sei o que pensar. Talvez venha o Paraíso! Ou o Paraíso é aqui? Ou o Paraíso é a próxima realidade?
Grata pela atenção.

quinta-feira, 4 de março de 2010

People are either charming or tedious.

Escrevo hoje novamente para os entediados do metrô. Mas não falarei de romances e como há um bom tempo não brinco mais de paquerar nas estações (pra mim, perdeu a graça. Você, descompromissado e desimpedido, tente! Custa apenas R$ 2.65), inventei um novo jogo. Na verdade, falar sobre um invenção me parece muita pretensão. Prefiro dizer que optei por outra brincadeira. Ela se chama: Pessoa! Assim mesmo: "Ei, vamos brincar de Pessoa no metrô hoje?"
Acho importante frisar que essa brincadeira, diferentemente da paquera, sob o meu ponto de vista, pode ser praticada em qualquer ambiente. Ela é ideal para momentos ociosos e esses me são constantes nas viagens de metrô, motivo pelo qual fiz a escolha desse local. Pode-se brincar sozinho ou na companhia de alguém, você é quem sabe. Ao comparar Pessoa com a paquera novamente, conclui-se que os resultados de tais jogos serão completamente diferentes. Não pense que ganhará um novo affair no Pessoa. Mesmo assim, considero boas risadas um motivo atraente o suficiente para tentar.
Sem mais, explicarei as regras (se é que existem). Você simplesmente tem de "escolher" uma pessoa desconhecida. Não escolha demais. Você terá tempo para todas se quiser. Pegue a primeira que avistar. Pense, então, no seu nome, profissão, idade, estado civil. Pronto, acabou!
Parece idiota e é. Mas garanto diversão. Você perceberá que, aos poucos, ficará craque! Ao olhar para o desconhecido, virá na sua cabeça: Carlos Alberto, 42 anos, casado e infeliz, 3 filhos, impotente sexualmente. As características adicionais como o "infeliz" são o tempero a mais da brincadeira e elas surgirão quando você menos esperar.
Há como optar por categorias também. Se estiver com preguiça de pensar naquele dia, por exemplo, opte pela categoria IDADE. Você só terá que dar número aos bois. Mas é claro, que categorias como NOME ( hoje encontrei a Glacilda e o Teobaldo no metrô) ou OPÇÃO SEXUAL irão lhe render muito mais divertimento.
A companhia de amigos pode fazer com que a brincadeira torne-se muito mais emocionante, uma vez que cada um tem a liberdade para listar a característica que quiser. E sensacional é a maneira como você concordará com a opinião alheia.
Eu não vejo a hora de entrar amanhã no metrô. Esse post me deixou com gostinho de quero mais. Acredito não ter mais nada a acrescentar-lhes. Peço somente que tentem! Na pior das hipóteses, você não vai gostar e pode desistir assim, sem perder nada.
Grata pela atenção.

terça-feira, 2 de março de 2010

O trem que chega é o mesmo trem da partida.

Sei que muitas pessoas (conscientemente ou não) compartilham da minha opinião: o metrô é muito romântico. Pra começar pelo fato de estar sempre quentinho. Isso pode ser bem desagradável, mas garanto que, no frio, é uma delícia. E convenhamos: ambientes aquecidos como salas com lareiras ou carros com aquecedores inspiram muitos casais pelo mundo afora há uma eternidade.
Além disso, o metrô é o lugar ideal para encontrar pessoas de todos os formatos, cores e tamanhos. Você pode optar por encontrar todas no mesmo lugar (Estação Sé - você certamente já teve a sensação de que todos os habitantes da Terra estavam lá no mesmo instante) ou escolher estações que têm caras características (adorei esse som!) como a Liberdade ( - - ).
Se você nunca tentou, tente! É bem interessante paquerar no metrô. Você pode até perder o medo por ter quase certeza de que nunca mais verá aquela pessoa na sua vida. E se vir ( e lembrar), ficará muito vermelho de timidez (não mata ninguém) ou terá um sinal de que há algo de especial entre vocês (sim, eu, bobinha, acredito em destino.)
Um ingrediente essencial para deixar o clima romântico mesmo é a presença da música. Estar ouvindo algum som para se inspirar é maravilhoso. Se estiver paquerando ou somente admirando o amor alheio, imagine que as pessoas envolvidas no seu pensamento também possam ouvir sua canção. (Recomendo: Come Pick Me Up de Ryan Adams) Assim, terá a sensação de que a vida é bela e o mundo lindo e justo nem que seja por um instante.
Acredito também (e isso vai lhes parecer muito tosco, mas alguns se identificarão) que aquele ventinho que bate no rosto de quem espera o trem chegar à plataforma faz com que qualquer feioso tenha seu momento de esplendor hollywoodiano. E o mais intrigante, é que as pessoas se sentem assim. Basta reparar nas expressões que tomam conta de faces meramente comuns. Isso pode lhes render boas gargalhadas.
Devo acrescentar que nunca me apaixonei por alguém que conheci no metrô, mas depois que percebi como era grande a frequência de casais que passam pelas janelinhas em velocidade, concluí que lá, além de tudo, é ótimo ponto de encontro. Será que acham menos indecente ficar aos beijos e amassos sob o solo?
Acho importante frisar que eu, particularmente, considero o romantismo brega. Na verdade, bregas são os atos a ele relacionado hoje em dia. Deixo de ser romântica a partir do momento que riria de constrangimento ou choraria de raiva se me deparasse com bichinhos de pelúcias com mensagens de amor gravadas, pedidos de casamento com aliança dentro do bombom ou serenatas à luz da lua?
Se você duvidou ou achou minha ideia não faz sentido algum, vá até aquele site de relacionamento famoso e procure pela comunidade "Amores Breves de Metrô". Eu, crente desse amor, me surpreendi com tantos depoimentos intrigantes. Não posso deixar de comentar que não esperava encontrar relatos semelhantes de frequentadores de ônibus. Todo aquele "balanço do busão" me incomoda a ponto de fazer com que eu concentre todos meus pensamentos e esforços na tentativa de não deixar o corpo ir ao encontro do chão. Impressionante mesmo como as pessoas sempre dão um jeitinho.
Grata pela atenção.
Agradecimentos especias ao apreço de meu irmão Guilherme, mais novo fundador de um blog: http://www.blogdabilola.blogspot.com/ (Visitem!)

domingo, 28 de fevereiro de 2010

My music is where I'd like you to touch

Uma vez que o assunto em pauta é a música e ainda não me sinto bem para falar sobre a teoria da Infinidade Musical, pretendo hoje aqui expor uma outra ideia. Muitos já devem ter conhecimento dela, pois certa vez deixei-a disposta aos olhos alheios na página do meu perfil em um site de relacionamento (acho graça quando os noticiários assim se referem ao Orkut).
Penso que quem quer que tenha criado Adão e Eva (ou os macacos ou nós mesmos) deveria tê-lo feito de maneira diferente. Os seres humanos (assim, tão evoluídos) poderiam vir acompanhados de acessórios (como os telefones celulares quando chegam da loja em suas caixinhas de papelão). Não! Na verdade, penso mesmo num sistema acoplado ao corpo. Ainda não refleti sobre a possibilidade de retirá-lo quando quiséssemos.
Bom, chega de besteirinhas. Vamos à grande besteira: caixas de sons deveriam tomar lugar da pele das nossas costas. E mais, deveria existir também um sistema interno semelhante. Cada ser humano seria seu próprio Ipod. O acesso às músicas seriam pílulas. Iríamos a lojas (mistura de farmácias com lojas de CDs) e compraríamos pílulas para tomarmos. Ao ingerí-las, a canção ficaria gravada no nosso sistema e só nos livraríamos dela quando tomássemos uma outra espécie de comprimido: a pílula-laxante musical.
Assim como qualquer tocador de música, teríamos uma playlist cerebral e também um regulador de volume. Não seria muito divertido? Imagine você e todos seus amigos curtindo o som do momento. Todos com seus sistemas ligados como se fosse um grande show. E quando você quisesse ter aquela canção só pra você, desligaria as caixas de som das costas e deixaria ligado só o sistema interno. Poderíamos também ouvir rádio e gravar coisas úteis e inúteis. Reproduzir sons alheios seria bem divertido.
Fantástico seria o fato da música estar presente em todos os momentos. A vida teria trilha sonora, como tantos sonham. Tudo seria mais inspirador. Ainda assim, devo dizer que eu, particularmente, não mudaria minhas preferências e o som de um bom violão numa roda de amigos (ou não) ainda soaria melhor.
Embora tenha me sentido um pouco frustrada ao escrever esse post simplesmente por achar que não me expressei bem e que mais detalhes poderiam ter surgido na minha cabeça, postarei mesmo assim por considerar a idéia interessante e estar louca de vontade de saber opiniões e sugestões que certamente muito acrescentarão à minha teoria.
Grata pela atenção.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Tem gente que acha que ela é algodão.

Eu adoro nuvens. Tenho a mania imbecil de fotografá-las sempre que me encantam (o que é bem constante). Isso não me leva a nada além da pura própria satisfação (não gostei da posição dessas palavras) e do desejo de que um dia esses registros tenham sua utilidade. Pare para pensar como as nuvens são estranhamente interessantes. Em alguns momentos, podem ser lindas e admiráveis. Em outros, nos desagradam profundamente por serem escuras e sinal de Aí vem chuva! OK. Vou parar essa reflexão por aqui, porque, apesar da minha fissura pela previsão do tempo (muitos sabem que sigo o Climatempo no Twitter), não quero fazer deste blog um site sobre meteorologia.
O que venho aqui expor é mais uma teoria tola: a teoria nuvens-músicas. Veja só! As nuvens são bonitas para alguns, feias para outros. Têm diversas formas. São intocáveis. E apesar de quase todos poderem vê-las, só alguns (aviões, passageiros, tripulantes, para-quedistas, pássaros, padre dos balões e afins) chegam perto delas. Você pode ter grande admiração pelas nuvens, ou pode simplesmente ignorá-las.
Agora, pense nas músicas! São bonitas para alguns, feias para outros. (Julgar a beleza de uma música, para mim, depende quase que inteiramente do bom senso de uma pessoa, mas prefiro adiar tal polêmica para outro post.) Assim como as nuvens, as músicas têm formas e digo mais, essas últimas são infinitas. Com esse comentário, desejo expressar minha enorme admiração pelo fato de que considerar impossível o esgotamento de canções para serem compostas. Já parou para pensar quantas combinações de notas e palavras ainda podem ser feitas? Isso me parece simplesmente fantástico! Com ou sem plágio, sempre teremos músicas novas, fato que me anima e acalma simultaneamente. As nuvens também são assim: têm formatos infinitos. Alguns podem ser bem parecidos, mas nunca iguais. Para prosseguir, devo comentar sobre o fato de serem intocáveis. Espero que tenham compreendido que faço referência ao sentido do tato e não ao ato de tocar uma música como estamos acostumados a ouvir. Todos podemos ouvir músicas, mas só alguns privilegiados chegam mais perto delas: os músicos. E para finalizar esta comparação, tenho de citar que me frustra a maneira como algumas pessoas simplesmente ignoram o valor das músicas (das nuvens, nem tanto. Não que sejam menos belas). Fico impressionada como alguém pode não admirar uma canção sequer. São seres raros, mas estão por aí.
Não posso prometer, mas espero não mais fazer comparações como essa. Você pode estar pensando que diante de uma reflexão mais ampla, qualquer par de coisas (como nuvem e música) tem inúmeras características em comum. Talvez eu devesse retirar essas minhas últimas palavras e pensar que talvez vocês nem tenham pensado nessa constante dos pares. Porém, prefiro insistir e expor minha humilde comparação pelo simples fato de tê-la achado bonita.
É um prazer enorme tê-los aqui (se é que vocês me entendem.)
Grata pela atenção.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu peço que caia devagar

Adoro a chuva quando estou coberta por um teto. Guarda-chuva ajuda, mas não me faz gostar das quase sempre inesperadas gotas que caem do céu. Pode ser importante frisar a diferença de uma chuva e de uma tempestade para mim. A primeira é agradável, tem deliciosos aroma e barulho. Já a segunda, só serve para me impedir de manter os eletrodomésticos ligados na tomada e para fazer com que o rio transborde, dificultando minha volta para casa.
Acho que a chuva me inspira. Fico pensando em asneiras que me divertem. Penso assim: se a chuva não existisse nem nunca tivesse caído em nenhum lugar no mundo, acharíamos estranha e absurda a ideia da água caindo do céu.
Imagine você, vivendo no seu mundo seco. Aí chega um fulaninho expondo-lhe a ideia da chuva. Certamente, você ficaria surpreso e pensaria: “Nossa, a vida seria um caos se isso acontecesse. Teríamos que nos proteger para não nos molharmos. Tudo ao nosso redor ficaria molhado. Credo, essa é mesmo uma ideia de maluco!”
Também pensei que as casas teriam tetos mesmo assim. Afinal, eles servem para nos proteger de outras surpresinhas não bem vindas como as que as pombas costumam deixar pra trás durante o vôo.
Para concluir, deixo minha opinião. Acredito que viveríamos bem sem a chuva se a água pudesse sair do solo e somente por ele de forma controlada. Sem esguichos, por favor. Posso estar bem enganada, mas confiaria na solução dos engenheiros engenhosos e criativos. Enquanto isso, vou vivendo e esperando a próxima nuvem carregada.
Grata pela atenção.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Olá, como vai?

Escrevo aqui para compartilhar muitas das teorias que constantemente me vêm à cabeça e que dificilmente são compreendidas quando expostas. Por serem constantes, muitos me consideram chata por insistência ou espirituosa por falta de bom senso. Fatos que não me impedem de refletir cada vez mais. Tenho por finalidade encontrar novos pensamentos (alheios ou não) que acrescentem emoção às minhas medíocres ideias. Espero conquistar a simpatia e colaboração daqueles (poucos, acredito) que terão acesso às minhas palavras e me sinto livre para expor a minha verdadeira vontade: aumentar minha capacidade de eloquência.

Grata pela atenção.