quinta-feira, 25 de março de 2010

Meu filho não vai ter nome de santo. Quero nome mais bonito.

Venho por meio desse post descrever minha estranha reação diante do comportamento de crianças. Não falo de um criança específica. Tenho de confessar que realmente não sei como agir na presença desses seres pequenos, intrigantes e muitas vezes, assustadores.
Importante frisar que elas geralmente me agradam. Gosto de crianças. Dos outros, é claro! Mas tenho convicção de que um dia poderei amá-las. O motivo do meu desconforto não é o modo como me irrito quando elas gritam e esperneiam. Para mim, esse acessório já está incluso no pacote Criança e não me surpreende.
O que realmente me incomoda é o fato de não saber o que se passa por aquelas cabecinhas. Não que eu saiba o que se passa por cabeças adultas. Mas crianças são imprevisíveis e misteriosas. Eu não me sinto capaz de diferenciar a mente de uma criança de 3 anos e a de uma de 11 anos (com 11, ainda são crianças hoje em dia? No meu tempo, éramos.) O que elas aprendem na escola? Elas gostam de Teletubbies ou sabem que é pura babaquice? É pura babaquice? O quanto sabem sobre sexo?
Uma vez, ouvi uma menina de apenas 4 anos explicando para um adulto que o Chaplin é aquele que fez Tempos Modernos. Meu Deus! O que andam ensinando nas escolas? E os livros? Ainda tem singelos desenhos de montanhas? As crianças vão dominar o mundo?
Talvez se eu tivesse um irmão mais novo ou um priminho mais próximo, as coisas ficariam um pouco mais claras. Uma vez que isso não é um fato, fico aqui cheia de dúvidas na cabeça. Me deixa um pouco preocupada pensar em como proceder quando eu for mãe. Mas ainda há tempo. Se eu tiver uma filha menina, quero que se chame Malícia. Alícia é bonito, mas fica muito no ínicio do alfabeto. A coitadinha iria sofrer! Malícia, só por esse motivo. Tudo bem. Foco. Falar disso não tem nada a ver.
Tenho para mim que existem pouquíssimas crianças desinteressantes nesse mundo. Elas podem crescer e virar pessoas sem graça. Porém, enquanto crianças, são bem divertidas e soltam pérolas constantemente. Engraçada é a forma como os adultos contam as pérolas de suas crianças. Parecem sentir muito orgulho por isso e sinto que tentam a todo momento mostrar aos outros como seu filho ou sobrinho é unicamente espertinho e especial. Doce ilusão!
Não pretendo aqui implorar por sugestões ou truques de como encantar os baixinhos. Não tenho vocação para Xuxa. Continuarei na tentativa de agradar pelo menos os donos de tais criaturinhas quando presentes, fazendo de tudo ou nada para que os pequenos não comecem a berrar. Porque não há nada mais constrangedor que ficar sob o olhar de pais que pensam que talvez você tenha dado um leve tapinha na bunda do lindo bebê para evitar que ele abrisse o berreiro!
Grata pela atenção. Insatisfeita com o post-desabafo.

Um apelo: Mães, não deixem suas crianças lamberem os canos ou corrimão (não sei como aquilo chama) dos trens do Metrô! Isso me deprime horrores!

4 comentários:

Valeria Archas disse...

Concordo com vc q as crianças são o máximo. Elas tem muito para nos ensinar e são bastante engraçadas.
Aquele ar inocente e aquelas bobagens que elas dizem sem medo de errar ou serem ridículas, acho ótimo. Pena que os adultos acabam estragando tudo isso.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

" O motivo do meu desconforto não é o modo como me irrito quando elas gritam e esperneiam. Para mim, esse acessório já está incluso no pacote Criança e não me surpreende."
SHUAHSUahu pacote criança...boaa! =P

" Parecem sentir muito orgulho por isso e sinto que tentam a todo momento mostrar aos outros como seu filho ou sobrinho é unicamente espertinho e especial. Doce ilusão!"
HUSUAHSUHAUSHAHSA muito verdade...

quelzinha, apesar de vc não ter gostado, eu gostei do post! hahahaha

beijos e SUCESSOOOOOOO! =P

Unknown disse...

Quelzinha, não tinha lido este post ainda. Sensacional!!
A verdade, se há alguma, é que as crianças de ontem e de hoje são esponjas ambulantes, absorvendo tudo o que ouvem e vêem. A única coisa que mudou é o que é visto e ouvido.
Isto não quer dizer, no entanto, que elas não tenham criatividade. O que faz elas serem tão engraçadas é o que elas fazem com o conhecimento que adquirem.
Pra quem não viu, eu indico aquele filme: A culpa é do fidel. Tudo a ver com o teu post.

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